Santarém se encontra na confluência dos rios Amazonas e Tapajós, a 1369 km de Belém, no médio Amazonas. Chamada a “Pérola do Tapajós”, em Santarém podemos vivenciar o encontro das águas – quando as águas do Tapajós de coloração esmeralda se encontram com as águas barrentas do Amazonas. As águas se encontram mas não se misturam de imediato, devido a uma série de fatores: a velocidade, a temperatura, o fator de acidez, e fato interessante, os peixes que nadam no Tapajós não nadam nas águas do Amazonas. Os dois rio seguem seu caminho rumo ao Atlântico se misturando após muitos quilômetros, num estranho fenômeno da natureza. Santarém é uma típica cidade da Amazonia, de rica tradição cultural.
Nesta área viveu há muitos séculos a civilização Tapajônica, nome atribuido pelos arqueologistas ao encontrarem um rico acervo de cerâmicas refinadas que indicam um alto nível de aculturamento. Hoje em dia, peças de cerâmica Tapajônica são encontradas em museus espalhados pelo mundo e em Santarém encontramos cópias muito bem feitas à venda nas lojas de artesanato.
No início do século XX, Henry Ford decidiu implantar nesta área uma extensa plantação de seringueiras para suprir a demanda de pneus de sua indústria. A cidade recebeu o nome de Fordlândia e foi posteriormente abandonadae a operação passou para Belterra. Hoje, em Belterra vê-se ainda o arruamento e algumas das construções no melhor estilo norte americano. Santarém tem hoje cerca de 300 mil habitantes e saem do seu porto produtos como madeira, ouro, castanhas-do-Pará, juta, tecidos e redes típicas de nossos índios, tecidas em pequenas fábricas com teares semi industriais. A cidade tem sua própria música e manifestações folclóricas que são únicas e que mostram a criatividade de seu povo. A beleza natural à volta da cidade se conjuga à perfeição à arquitetura tradicional. O movimento à beira-rio é sempre intenso e pequenos bares e restaurantes convidam para uma conversa sem hora para terminar.
A grande atração, entretanto, fica a cerca de 30 km de Santarém – Alter do Chão – às margens do Lago Verde e do Tapajós foi chamada de “Caribe Brasileiro”. De fácil acesso por barco ou carro, a grande atração de Alter do Chão são as praias de fina areia branca, tão atraentes que o jornal inglês “The Guardian” a listou como a número 1 numa seleção das 10 mais belas praias brasileiras. A época ideal para uma visita a este paraíso é entre os meses de Agosto e Fevereiro quando as águas estão baixas e suas praias se revelam em toda a sua beleza natural!