Os passeios nas imediações de Santarém são muito interessantes e em menos de 1 hora, estamos em algum lugar bem no meio da floresta, visitando um ecossistema tão intrigante que foge à nossa compreensão.
Alter do Chão – aqui moraram os índios Borarí hoje um vilarejo com cerca de 3 mil habitantes que vivem no que a publicação britânica “The Guardian” apontou como a número 1 das 10 praias mais bonitas do Brasil. O Lago Verde também conhecido como o Lago dos Muiraquitãs (amuletos dados pelos índios aos visitantes) é o “esconderijo” de Alter do Chão. Alguns dizem que Alter do Chão é na realidade o Caribe brasileiro, o que não é impossível. Praias de areia fina e branca, água azul esverdeada e transparente, e a margem oposta do Tapajós entre 9 e 10 km dão esta sensação de mar. Seus habitantes são hospitaleiros e o melhor período do ano para uma visita é entre os meses de Junho a Dezembro quando as águas estão na vazante e as praias ressurgem do fundo do rio! O passeio a Alter do Chão sai de Santarém às 9 horas da manhã, seguindo por estrada – 35 km. Passeio a pé e depois cruzamos até a “Ilha do Amor” para um delicioso banho nas águas do Lago Verde.
DURAÇÃO: 6 a 7 hrs
Santarém – Passeio que nos revela, já na orla, o movimento incessante do porto. As embarcações de todos os tamanhos vão e vêm, trazendo e levando de um, tudo! No Mercado Municipal as ofertas do dia, os peixes fresquinhos, frutas desconhecidas, verduras e uma série de produtos da floresta. A Catedral de Nossa Senhora da Conceição e a cruz, ofertada por Karl Philipp von Martius, botânico, salvo após um naufrágio em frente da cidade; Museu Municipal; as lojas do centro e as de artesanato da Amazônia com lindas peças de cerâmica Tapajônica, cestaria de palha de tucumã e as tradicionais redes feitas em teares semi manuais; frutos secos e muitos outros produtos. O fecho de ouro é o Encontro das Águas dos rios Amazonas e Tapajós, espetáculo único e inesquecível.
DURAÇÃO: 2:30 hrs
Belterra – Voce vai ver no meio da floresta uma cidade modelo Norte-Americana dos anos 30. Por 30 anos, no início do século XX, a Ford Motor Company desenvolveu um projeto considerado faraônico. Henry Ford, seu presidente da Ford decidiu produzir toda a borracha necessária para suprir suas necessidades, adquirindo a 40 km de Santarém desmatando 8 mil hectares de floresta e plantando 3.2 milhões de seringueiras. Em Belterra constroi 300 residências, igrejas, hospital, lojas, escolas, rede de eletricidade, água e esgoto e instala o Corpo de Bombeiros, cinema, etc. No auge de Belterra, seu hospital era o melhor e mais bem equipado da América do Sul. O projeto, entretanto, foi abandonado e os habitantes que aí permaneceram tentam mantê-la exatamente como era em seu apogeu. Este movimento de preservação do patrimonio permitiu que hoje seja um município independente.
DURAÇÃO: 4 a 5 hrs
Floresta Nacional do Tapajós (FLONA) – A entrada da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA) fica no km 83 da BR-163, rodovia Santarém-Cuiabá. Reserva com 650 mil hectares de floresta intocada residência de pequenas comunidades envolvidas em projetos de preservação, remanejamento e criação experimental. Um guia local acompanha os visitantes numa caminhada visitando alguns dos bem guardados segredos da floresta: como se obter água, os pássaros quase invisíveis. Em vez de almoço, um piquenique durante a caminhada.
DURAÇÃO: 6 a 7 hrs
Bosque Santa Lúcia – Na estrada Santarém-Cuiabá, BR-163 – km zero, a única estrada que liga Santarém ao resto do país, seguimos 8 km até uma primeira parada no km 8 com elevação de 158 metros. Deste ponto podemos ver os diferentes solos que formam esta área. Visita a um paraíso em transformação: floresta tropical, vilarejos, duas formas de agricultura a mecanizada (extensas lavouras de soja e arroz) e pequenas áreas onde se usam técnicas ancestrais de cultivo – plantações de mandioca / aipim e feijão para subsistência. Parada num dos sítios para conhecer uma família. Deste sítio, chegamos ao Bosque Santa Lúcia. Dependendo do grupo, o guia definirá qual a melhor trilha para a caminhada. Pode-se dizer que o Bosque Santa Lúcia é uma biblioteca viva com mais de 200 espécies nativas de árvores, palmeiras, outras plantas e muitos animais. Paradas ao longo da trilha para apreciar espécimes como a castanheira (Bertholletia excelsa), cumaru (Diptervx odorate), guaraná (Paulinia cupana), cupuaçuzeiros (Theobroma grandiflorum), copaibeira (Copaifera multijuga), angelim (Hymenolobium modestum), seringueira (Hevea Brasiliensis), açaizeiro (Euterpe oleracea), etc.
DURAÇÃO: 4 hrs
Nota Importante: as roupas melhores para uma caminhada na floresta são: roupas leves, resistentes e confortáveis de cores neutras; sapatos para caminhada aqui são importantes e não se esqueça da máquina fotográfica com flash ou com filme rápido, muito filme.